E a cidade entupiu de tanta gente

Oi Pessoal, desculpem mas San Pedro de Antofagasta está entrando em colapso. Todos os dias chegam milhares de pessoas, a internet de banda larga vira banda estreita, o hotel raciona energia nas tomadas dos quartos, e assim por diante ... Por aqui tem mais turista do que gente. E a maioria é de brasileiros ... arghhhhh, viajo 7.000km e me acho no meio de brazucas. Mas vamos a mais algumas fotos. Quanto ao resumo só depois que tiver energia e internet melhores.

2009 12 29 - Por do sol no vale da lua

2009 12 30 - El Tatio - são 10Km de Geisers e Fumarolas. Acordamos ás 03:15, saimos antes das quatro numa escuridão de meter o dedo no olho. Estrada cheias de abismos, curvasperigosissimas, muita, mas muita poeira. Tinhamos a marcação no GPS mas seguimos embalados os farois traseiros de uma Van.

2009 12 30 - Geiser Del Tatio - No termometro são -2ºC. Com o vento andino são menos mil.

2009 12 30 - O ar a "trocentos" graus negativos e a aguinha a 33ºC. Com brejeiro tem couro de sapo fui o primeiro a entrar, sob aplausos gerais a mais de 4.000m de altitude andina. É o fraco!

2009 12 30 - Também, depois que entrei, ficou bem mais fácil. Na verdade entrar é fácil, sair é que são elas. Num parece uma sauna?

2009 12 30 - Acho que alguem ficou com inveja da minha performance e da beleza de Anastazia Bebeya e "pixou" no canto inferior da porta traseira um insulto "no ecologica". quanto à sujeira lembrem-se que estamos no Atacama, no deserto mais árido do mundo, e não há água para lavar carros.

A equipe da expedição"Soy Loco POr Ti, América" deseja a todos um ano novo cheio de (a)venturas.

Laguna Chaxa

2009 12 28 - Flamingos na Laguna Chaxa - Densidade igual ao Mar Morto, gente não afunda.

2009 12 28 - Laguna Miñiques

2009 12 28 - No meio do caminho tinha uma sopa, tinha uma sopa no meio do caminho.  (Pueblo Socaire - 150 hab - Atacama)

2009 12 28 - Parece que andar pelo deserto cansa muito.

2009 12 28 - Resumo da viagem

Gente, não acredito, tô no Chile

2009 12 26 - Entrando no Chile. Depois disso andamos vários Kms a 4.800m.

2009 12 26 - Apesar das enormes ladeiras, de vez em quando a gente encontra alguem assim:

2009 12 26 - Agora entendo a frase que vi num hotel em Susques, à beira da estrada em pleno Deserto de Atacama Argentino

E agora o resumo, com novas informações:

Ôba, Lena chegou

Olho a rosa na janela

Partida de Foz do Iguaçú

Tríplice fronteira

Acho que já vi estes indios antes, principalmente o que está com um abacaxi na cabeça.

Resumo da Viagem

Ainda estamos em Salta. No raid de ontem Marcilio perdeu a carteira, abacaxi para cancelar cartões, ...

Fui sozinho a San Antonio de Los Cobres, quase ponto final do Trem das Nuvens, que não circula neste período de baixa.

Esta altitude toda mexe com a gente. Temos realmente que "andar passito".

Cactus gigantes à margem das estradas. Será que estou no México?

Resumo:

2009 12 25 - Resumo

Estamos em Salta. Ontem fomos conhecer Alfayate passando pela belissima Quebrada de Las Conchas. Na ida tudo seco. Na volta uma chuva grossa na cabeceira encheu repentinamente um dos rios. Ninguem passava. Só então entendi porque eles não fazem pontilhões nem colocam bueiros nesta estrada (estadual): as enchurradas destruiriam tudo em segundos. A estrada é cheia de "passagens molhadas" que eles chamam "baden".

Só após duas longas horas de espera os primeiros carros começaram a passar.

Album

17.12.2009 - Nascer do Sol na Ponta do Seixas - Atlântico

17.12.2009 - Atravessando o Velho Chico

18.12.2009 - "Sorria, você está na Bahia" ... ou ..."O que é que a Bahiana tem?"

19.12.2009 - Realizei um sonho de infância - conhecer a Pinguim - Ribeirão Preto

Resumo da Viagem

Oi Pessoal,

Estamos em Corrientes/Argentina. Apesar de ser a menor perna, até agora, da viagem demoramos muito por conta de um protesto dos tarefeiros (uma combinação de boia fria com sem terra) que bloquearam a estrada por todo o dia. Filas enormes de carros. Chegamos no Hotel às 23:30, super cansados. Fica na Av. Costanera (~Costeira) à beira do Rio Paraná, me parece com muitos barcos. As cidades às margens deste rio são chamadas litorâneas.

Vou manter esta planilha resumo para dar uma visão geral da expedição. Faltam as quilometragens de hoje, que ficaram no carro. Juro que coloco amanhã.

Beijos a todos.

PS: Já entrei na dança, fui multado. Mas esta depois eu conto.

Cochilou o Cachimbo Cai

Amo meu país, sinto um orgulho danado dele, do meu povo, mas tem coisas que revoltam e deprimem. Até quando vamos ser campeões de mortes no trânsito? Esta foi o segundo veículo que encontramos virado na estrada. Ele está num trecho reto, sem curvas. Deve ter dormido; o tal do "arrebite".

Primeiro Dia

Demorei um pouco para postar o primeiro dia de viagem pois queria ter todos os dados completos. Com acho que completo completo vai demorar um pouco resolvi postar logo para que vocês já possam ir acompanhando.

Não tivemos nenhum contratempo. Saimos no horário após a foto no nascer do sol, como já postei. Paramos para tomar café em Dona Izabel, em Igarassú. Como sempre o cuscuz e a carne de sol estavam uma delícia, só demora um pouco. Pegamos um pouco de engarrafamento em Recife antes da Caxangá. A BR duplicada até o viaduto de acesso a Garanhus foi tranquila. Depois, até Paulo Afonso foi uma delícia, parando pouco para tirar fotos nas fornteiras e em pontos interessantes. Após Paulo Afonso pegamos um trecho de estrada ruim, em manutenção. Num dos Para-e-Siga um enxame de abelhas ficou rondando o carro. Para quem assistiu Abelhas Assassinas foi atemorizante. Lá fora um sol escaldante de 40 graus e elas nem aí.

Aí eu não durmo!

Próximo de Feira de Santana, Marcilio, com um guia numa mão e celular na outra, começou a pesquisar pousadas.
- Tem vaga? Quanto é? Onde fica? Como chegar?
Falou com umas quatro até engraçar-se de uma:
- Achei, João, Pousada Tailândia!
- Tailândia?
- Sim.
- Você disse T-A-I-L-Â-N-D-I-A?
- Sim, por que?
- Marcilio, tá doido, Aí eu não durmo! Com esse nome isto ou é um motel ou uma casa de massagem!
- Mas João, tenha calma, vamos lá olhar, o preço tá bom.

Fui a muito contragosto. Entramos na rua procurando o nome na placa.

Resultado, vejam só o que encontramos:

Kalilândia! O cara entendeu Tailândia! Bom, relaxei mas, a partir daí, descobri que a tripulação é composta por um cego (eu) e um surdo (ele).

Pousada simples mas limpinha, cheia de japoneses, modelos, ... mas isso é outra estória que eu conto outro dia ... (ahahahahah)

Sem rádio nem notícias das terras civilizadas

Eita seu Luiz "Lua" Gonzaga, que saudades!

Riacho do Navio
Corre pro Pajeú
O rio Pajeú vai desaguar
No São Francisco
O rio São Francisco
Vai bater no mei' do mar 
(lá-rá lá-rá lá-rá-lá-rá-rá-rá)
O rio São Francisco
Vai bater no mei' do mar
Se eu fosse um peixe
Ao contrário do rio
Nadava contra as águas
E nesse desafio
Saía lá do mar pro
Riacho do Navio
(lá-rá lá-rá lá-rá-lá-rá-rá-rá)
Eu ia direitinho pro
Riacho do Navio
Pra ver o meu brejinho
Fazer umas caçada
Ver as "pegá" de boi
Andar nas vaquejada
Dormir ao som do chocalho
E acordar com a passarada
Sem rádio e nem notícia
Das terra civilizada

5 ... 4 ... 3 ... 2 ... 1 ... Fogo! ... Vrummmm

Enfim o grande dia. A reunião foi só mais uma pegadinha de Carlos Alberto. Tudo aprontado na véspera. Ana deu um duro danado, arrumou tudo, ajudou a por no carro, inclusive a colocar roda de Jairo no bagageiro, desmoralizando Marcilio que não quiz nem mesmo tentar. Nos últimos momentos eu não conseguia nem raciocinar nem me lembrar mais de nada. Sem Ana teria sido impossível. Depois desta ela, além de ser a luz da minha vida, também foi meus músculos e meus neurônios.

Acordei às 03, entulhei tudo que faltava arrumar dentro de uma caixona atirada no carro para depois dar jeito, corri até a casa de Marcilio. Ele vinha com tanta coisa que não coube no carro, algumas ficaram.

Anastazia Bebeya, tadinha, chega está baixinha baixinha com tanto peso.

Conforme planejado fotografamos o nascer do sol no atlântico.  La vem o dia, o dia lá vem:

Amigos para sempre (rsrsrsrsrs):

Agora é zerar cronômetro e odômetro, levantar as amarras e aproar para Feira de Santana. É tudo ou nada! Em uma empreitada destas sempre há belezas, sempre há riscos. Pedimos proteção. Unamos nossas mãos, façamos uma corrente de fé e rezemos juntos oração que Jesus nos ensinou"

"Pai Nosso que estais nos Céus,

santificado seja o vosso Nome,

vinde a nós o vosso Reino,

seja feita a vossa vontade

assim na terra como no Céu.

O pão nosso de cada dia nos dai hoje,

perdoai-nos as nossas ofensas

assim como nós perdoamos

a quem nos tem ofendido,

e não nos deixeis cair em tentação,

mas livrai-nos do Mal."


Tchau pessoal, até a volta.
Um beijo para quem for de beijo, um abraço para quem for de abraço.
Amos todos.

Ai, ai, ai, ai ... tá chegando a hora.

Nuestros hermanos não nos perdoam pela versão totalmente livre de Cielito Lindo. Acho que é inveja: a nossa letra é bem mais interessante que a deles. Mas vamos lá: faltam dois dias e a antena nova ainda não chegou, a roldana de subir o pneu de suporte ainda não foi adaptada, do limpador de faróis nem notícia, ainda tenho duas consultas médicas, falta completar os dólares necessários, visitar alguns amigos mais chegados para me despedir e desejar pessoalmente um feliz natal, tomar cerveja sem álcool com a Comodora Luzia Monteiro, ... tô sem tempo até para namorar Ana, que perigo! Isto fora as idéias de última hora do tipo: colocar piso de ônibus no bagageiro para armar uma barraca e, consequentemente, arranjar uma barraca que caiba no espaço, analisar prós e contras de levar um rádio por satélite... Prá completar só ontem soube que Helinho tem um irmão em Brasilia, o Ivan, que conhece o Atacama como a palma da mão, mas não vou ter mais tempo de sugar idéias ... Por último Marcilio quebrou um dente no final de semana e tem que ir a Recife pra dar um jeito. E agora, além da queda, coice: me disseram que a nova Chefe marcou uma reunião prá Quinta Feira! Mas logo na Quinta Feira, Chefinha? É a primeira reunião da sua gestão. Terias peito pra faltar? ... Eu não! Resultado: vou ter que atrasar a partida algumas horas. Arghhhhhhhh!!!!
Peraí, convenhamos, é muita provação prá tico-e-teco suportar. Sabe de uma coisa? R - e - l - a - x - a, tou viajando prá curtir e a pré-viagem tem que fazer parte deste prazer! Tô certo?

Prá relaxar mesmo só assumindo a postura de lótus, mirar esta belissima foto (by Cassio Murilo) do sol nascendo na ponta do Cabo Branco e cantar o mantra: ôôôôôôôôôôôôô.
Aqui o sol nasce primeiro.

Santo Ivanildo

O Jeep Clube da Paraíba tem a cara, o jeito e o cheiro de Ivanildo. Ele sabe de tudo, é uma verdadeira enciclopedia e agenda ambulante, cheio de dicas, aconselhamentos e apoio moral. Já foi motoqueiro nas priscas eras. Depois migrou para 4x4. Há 20 anos fundou o Jeep Clube da Paraíba. Foi seu primeiro Presidente e ocupou este cargo por 9 anos.
Todas as quartas e sextas, no final da Epitácio Pessoa, ele e sua Galega, fiel escudeira, montam a barraca abastecida de tudo que é necessário para um bom papo. Você acredita que tudo que você vê na foto vem charmosamente aboletado no seu Jeep Vermelho.

 Pacientemente eles descarregam e armam tudo isso tintim por tintim.
Cardápio de Primeira. Destaques para o espetinho de carne moida, frango com bacon, picanha, picado (sarapatel) de bode (tamos na Paraíba, né?), creme de macaxeira com charque ou carne de sol, pão de alho (hummmmm),... Tem também uma caçamba de bebidas capaz de desinibir qualquer lingua. Mas o principal ítem não está no cardápio, e  não é cobrado nada por ele: uma imensa e contagiante dose de simpatia.
A barraca é a verdadeira sede informal do Jeep Clube. Decisões são tomadas, eventos são planejados, causos são revelados, conversas jogadas fora. Sub grupos frequentam democraticamente: Papa-Léguas, Biitos do Asfalto, e até mesmo alguns motoqueiros...
Ah, falta explicar o cheiro: para mim o Jeep Clube não cheira a óleo, graxa ou combustível, feito uma oficina qualquer. Cheira àquelas delícias preparadas na brasa.

Vestindo a menina

É comum ver veículos 4x4, principalmente Defenders, empaturradas de adesivos. Porém, quando comprei a minha resolvi deixá-la limpinha, não colocando absolutamente nadica de nada, nem mesmo o clássico "Drive a Legend - Drive a Land Rover". Às vezes, numa ou noutra expedição, quando as "normas" obrigavam, colocava adesivos específicos, retirados imediatamente após o evento. Então minha menina desfilava assim, pelada, peladinha exibindo-se por aí, do jeitinho como nasceu. Isto chamava a atenção da tribo 4x4. Chovia perguntas: por que não adesiva? Vá, eu tenho vários e te dou quantos você quiser, ... Bom, agora, nesta ocasião especial, chegou a hora. Não contratei nenhuma assessoria nem nenhum amigo da área estava disponível para oferecer seus préstimos. Minha assessora foi Ana que, praticamente, de uma tacada só, definiu a logomarca. Ela é realmente a luz da minha vida, né mesmo?

Vejam antes, com João Victor sentindo-se o verdadeiro super homem no carrão do vovô:

Agora depois (com a belissima Estação Cabo Branco ao fundo):

PS: Ana já estava fula porque eu ainda não tinha declarado neste blog que ela é a luz da minha vida - mulheres ... bááááh.

Seu nome vai ser ...

Tá na moda esta frase, né? Viram a mãe do Presidente falando assim no filme? Pois é! Muita gente gosta de dar nominhos às coisas. Ana, então, nem se fala. Imaginem que até às partes da gente ela dá nominhos: radhija, princesinha do agreste, alfredo e adolfo, .... Tem um, porém, que detesto: "pitoquinho"! Isso não é justo! Ela bem que poderia chamar de "condinha" já que às vezes se transfigura numa "anacooooooooooonda". Bom, deixa isso prá lá, nosso assunto aqui é carro. Desde o início ela deu ao carro um apelido carinhoso: Landinha. É carinhoso, sim, mas não acho marcante. Prá esta viagem era necessário um nome mais forte. Pensamos em "Land Lover" (dita por um bêbado que não conseguia pronunciar Land Rover), "Sputinik" (ela adorou este nome, achei antiquado), "La Poderosa" (como a moto de Che), ... Nome é uma coisa que deve bater, chapar de primeira. Mas num é que um belo dia, surfando na santa internet, descubro o nome "Anastazia Bebeya"!  Anastácio era o nome de meu pai falecido no dia do meu último aniversário, aos 95 aninhos de idade. E Ana me chama de Bebê e eu, com minha poderosa falta de criatividade, rebato chamando-a de Bebea. Pronto, achei, bateu, chapou! Então lá vai, solenemente: "Seu nome vai ser ... Anastazia Bebeya".